Professora de Inglês, Cláudia Tavares é entrevistada pelo Blogueiro Alessandru Lemos de Ribeirão Preto

Ale: Como você aprendeu inglês e por que decidiu tornar-se professora?
Cláudia: Me apaixonei pela língua inglesa por causa de uma dupla americana chamada Carpenters. Eu adorava as músicas deles e queria entender o que eles cantavam. Então pedi a minha mãe para fazer aulas de inglês e comecei fazendo curso de inglês aos 10 anos, na Cultura Inglesa, em Santos. Na época todos os professores da Cultura Inglesa vinham da Inglaterra, minha primeira professora, Jill, tinha chegado da Inglaterra fazia 2 semanas, ou seja ela não falava uma única palavra em português… rs. Quando mudei para Ribeirão Preto continuei fazendo cursos de inglês em outras escolas e também com professores particulares.
Aos 17 anos entrei para o curso de Letras no Centro Universitário Barão de Mauá em Ribeirão Preto. Confesso que na época não fiz Letras com o objetivo de me tornar professora, mas sim por gostar muito da língua inglesa e querer aprofundar meus estudos. A decisão de me tornar professora de inglês veio bem mais tarde, quando eu morava em São Paulo e uma amiga me convidou para dar algumas aulas para adultos em sua escola. Ai descobri a minha paixão pelo ensino da língua inglesa. Ajudar esses adultos a aprenderem essa língua tão importante.
Quando mudei para Ribeirão Preto novamente, resolvi fazer um curso de especialização em língua inglesa na UNIFRAN e dai para frente continuei a me aprimorar em ensino de adultos.

Ale: Conte-nos sobre sua experiência como professora na Excelent Global, pois foi onde começou, não foi?
Cláudia: Sim, comecei na Excellent Global em São Paulo e continuei quando mudei para Ribeirão Preto. Foi uma experiência bastante interessante, bem como foram nas outras escolas em que atuei, tais como CNA, Wise UP.
Ale: Você também lecionou Português para estrangeiros aqui no Brasil. Quais as diferenças entre lecionar sua língua materna e uma língua estrangeira?
Cláudia: Eu prefiro ensinar inglês mas tive essa experiência com alguns chineses, americanos e ingleses.
Passei a perceber o quanto a nossa língua é complexa e além disso também notei que eles tem dificuldades de pronúncia como nós. Por exemplo: os chineses não percebem a diferença de sons de L e R. E para os americanos e ingleses e muito difícil produzir os nossos sons nasais, por exemplo: pão, maça, mãe.
No inglês uma das maiores dificuldades dos alunos são com os sons do “TH”

Ale: Por que optou por dedicar-se exclusivamente à aulas particulares?
Cláudia: Depois de muitos anos ensinando em escolas, notei que faltava personalização, pois cada aluno aprende em um ritmo diferente e de uma maneira diferente. Então decidi me dedicar ao aluno que busca esse diferencial. Alunos adultos necessitam de abordagens diferentes, pois possuem necessidades diferentes: negócios, viagens, provas de proficiência, etc. Além disso precisam de flexibilidade de horários e métodos. Quando o aluno me procura ele sabe seus objetivos e assim fica muito mais fácil trabalharmos juntos para atingi-los.

Ale: Quais as vantagens e as desvantagens de aprender inglês em aulas particulares? E de lecionar?
Cláudia: A aprendizagem do aluno vai ocorrer de acordo com seu desempenho, dedicação, necessidade, que são exclusivos dele. Então eu considero isso uma vantagem, pois as aulas ocorrem no ritmo de cada aluno, pois ele tem atenção exclusiva do professor, o qual pode adaptar o método e a abordagem de ensino de acordo com cada aluno. Uma desvantagem poderia ser a falta de interação com outros alunos, mas com as ferramentas da internet hoje isso deixou de ser um problema.
Lecionar para alunos individuais é um grande desafio, pois cada aula é exclusiva e preparada exclusivamente para aquele aluno.

Ale: Como é ensinar inglês em aulas particulares somente para Adultos? Eles se sentem bem sabendo que você é especialista em ensino para Adultos?
Cláudia: Como eu disse anteriormente, lecionar para alunos individuais é um grande desafio, pois cada aula é exclusiva e preparada exclusivamente para aquele aluno. O aluno adulto, ao meu ver é muito mais fácil de lidar, pois ele sabe o que quer ou precisa. Quando eu digo que sou especialista em ensino de adultos, os alunos se sentem mais confortáveis.

Ale: Além de lecionar, você coordenou já uma escola de inglês aqui em Ribeirão Preto. Como foi esse processo?
Cláudia: Foi uma grande experiência quando fui contratada como coordenadora da escola Yeski, na época com quase 400 alunos e vários idiomas além do inglês, Espanhol, Japonês, Alemão, Mandarim, Italiano e Português para Estrangeiros. Na época eu tive que me relacionar com a escola toda desde o pessoal da limpeza até os diretores, passando por secretárias, funcionários de telemarketing, professores, alunos e seus familiares. Um aprendizado maravilhoso para mim.

Ale: Como você lida com a parte burocrática do seu trabalho, ou seja, questões como pagamento e cancelamento de aulas?
Cláudia: Eu trabalho com pacotes de horas. Por exemplo, um aluno quer fazer uma hora de aula por semana, então ele compra um pacote de 20 horas e pode utilizar essas horas dentro de um prazo de 6 meses. Se o aluno não pode vir, ele me comunica, a aula é cancelada e ele pode repor essa aula conforme nossas agendas. Ele só perde aulas se não cumprir essas 20 horas no prazo de 6 meses. Coisa que nunca aconteceu até agora, pois a flexibilidade de horários é bem grande. O pagamento é feito com cheques pré datados, depósitos bancários ou dinheiro, conforme o aluno preferir. O preço do pacote de horas pode ser dividido em até 6 parcelas, sendo que a primeira parcela é paga na primeira aula.

Ale: Muitos aprendizes preferem estudar em cursos de idiomas para obter o certificado de conclusão. O que você pensa sobre isso?
Cláudia: Certificados de cursos de escolas não são reconhecidos oficialmente. O que conta mesmo é o desempenho do candidato na hora da entrevista na empresa. Não adianta ele mostrar milhões de certificados e chegar na hora da entrevista e não ter um bom resultado.
Os certificados de testes de proficiência, tais como TOEFL, TOEIC, IELTS são reconhecidos internacionalmente, e geralmente são solicitados por empresas multinacionais e faculdades no exterior.

Ale: Que tipo de material você utiliza em suas aulas, e como você avalia o nível de proficiência do aluno?
Cláudia: Para alunos básicos, utilizo um material que eu mesma desenvolvi, o qual os alunos gostam e tem um excelente resultado. Esse material é mais focado em conversação, utilizando muito vocabulário.
Para alunos de níveis intermediário e avançado, utilizo materiais de acordo com as necessidades deles. Prefiro não utilizar livros didáticos comerciais, pois eles me deixam engessada. Costumo utilizar os infinitos recursos da internet, que me permite ajustar o conteúdo às necessidades de cada aluno. Claro que isso envolve um trabalho muito maior na preparação das aulas, já que cada aluno é um caso e portanto requer muita pesquisa. Mas para mim isso é um enorme prazer.

Ale: Deixe uma mensagem para professores de inglês que desejam seguir o seu exemplo e lecionar exclusivamente em aulas particulares.
Cláudia: Primeiramente é necessário descobrir se é isso mesmo que você quer. Não é porque você morou um tempo fora que pode ser professor. Por acaso você se arriscaria a dar aulas de Português?
Então…. para ser professor, primeiro você precisa estudar para isso, didática, abordagens, métodos, materiais, etc. E assim você será capaz de definir como, quando e o que irá ensinar.
Depois se organize para as aulas. Se você vai dar aulas em sua casa, tenha um lugar específico para isso. Você não vai conseguir dar aulas na cozinha ou na sala de TV na sua casa. Se esse for o caso, prefira dar aulas nas empresas ou na casa dos alunos.
Decida como e quanto você vai cobrar pelas aulas. Se possível abra sua própria empresa, pois alguns alunos podem solicitar nota fiscal.

Ale: Cláudia, muito obrigado pela sua participação! Aprendi muito com você!
Cláudia: You are more than welcome dear!
Contato: 16-99994-1913 – Whatsapp